New York Times acha que é hora do governo controlar as buscas da Google

O New York Times publicou nesta quarta-feira um editorial em que expõe suas preocupações quanto ao algoritmo de busca da Google e os resultados obtidos. No final do texto, o jornal sugere que o governo crie medidas reguladoras do sistema, proibindo a empresa de agir “a favor dos seus próprios serviços”.

No editorial publicado ontem pelo NYT, o jornal assume uma posição bastante crítica com relação aos resultados de busca proporcionados pela Google, chegando a dizer que, em muitas buscas, a empresa fornece como principais resultados serviços próprios, como o Google Maps e o YouTube. Além disso, o texto destaca que o buscador é padrão na grande maioria dos navegadores atuais.

Apesar de sugerir que a Google dê ao governo acesso ao algoritmo de buscas e mesmo explicar como ele é feito e como as alterações são realizadas, o NYT ressalta que o governo deve ter cuidado para não tornar público o algoritmo, já que isso poderia trazer enormes danos econômicos à empresa. O texto lembra ainda que, se cada alteração no algoritmo precisar ser aprovada pelo governo, isso pode diminuir drasticamente as melhoras nas buscas.

Nick Saint, do Business Insider, diz que o jornal ficou louco e dá razões para isso. Saint destaca que a Google não possui monopólio das buscas na internet, havendo outras empresas como o Yahoo e Bing. Além disso, ele acredita que a empresa não faz nada de errado em favorecer serviços próprios nos seus resultados, já que a “pesquisa é livre”.

Ed Morrissey, do site Hot Air também discorda da ideia, por acreditar que o texto demonstra um certo rancor do jornal frente ao papel que a Google alcançou nas buscas na rede. Entretanto, mostra também que o jornal encara a empresa de maneira equivocada, esquecendo que a Google é uma empresa privada que fornece um serviço na internet.

Morrissey termina seu comentário dando um recado ao NYT: se o jornal não gosta dos resultados obtidos com a busca Google, que utilize outra ferramenta.