Exército americano quer instalar radar no capacete de soldados.

Objetivo é oferecer uma visão de 360 graus para que combatentes evitem emboscadas e outros perigos "invisíveis"

O exército americano quer instalar radares nos capacetes dos soldados para transformar uma das armas mais antigas da infantaria em um dispositivo tático eficiente, revelou o site Popsci nesta terça-feira (27).

O Programa Radar no Capacete (tradução livre de Helmet Mounted Radar Program) pretende fornecer uma visão de quase 360 graus com os sensores de radar MTI (indicadores de alvo móvel, em português), que gastam pouca energia e são capazes de detectar uma ameaça em movimento até 25 m de distância.

O sistema terá que emitir uma dose baixa de radiação para não fazer mal à saúde dos soldados que estiverem usando o capacete. Como cada soldado de um pelotão terá um radar desses e todos eles vão passar um bom tempo próximos uns dos outros dentro do alcance de 25 metros, os engenheiros do programa terão que resolver esses desafios técnicos.

O radar consegue enxergar todos os tipos de subprodutos de uma guerra, como a fumaça, a poeira e a escuridão, garantindo uma maior percepção do local aos soldados que estejam combatendo rebeliões, que usam táticas de emboscada.

O sistema também pode ajudar as tropas a enxergar através de arbustos e muros, permitindo aos soldados ficarem de tocaia e detectar ameaças antes de avançar na direção delas.

Os engenheiros do programa ainda não sabem dizer como os soldados vão interagir com o radar: se por uma tela no capacete ou no pulso ou ainda nos ouvidos dos soldados.

Outros problemas ainda não foram resolvidos. Como o soldado vai conseguir diferenciar uma ameaça dos pontos gerados no radar por outros membros de seu pelotão? Outros objetos móveis poderão gerar alarmes falsos, fazendo com que os soldados diminuam o ritmo para tirar pássaros e gatos do caminho?

O radar de capacete deve levar alguns anos para chegar às tropas. Mas quando estiveremn prontos os soldados vão contar com capacetes que não protegem apenas a cabeça, mas os ajudam a ter uma maior percepção do que acontece no campo de batalha.